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A crescente humanização dos mascotes das empresas

Atualmente, a maioria das grandes empresas estão se adequando às novas demandas do seu público, principalmente quanto ao relacionamento entre cliente e empresa. O indivíduo quer sentir que está falando de pessoa para pessoa e não com uma máquina que sabe retrucar.  Por isso que estamos vendo uma crescente humanização dos meios de comunicação e […]

Atualmente, a maioria das grandes empresas estão se adequando às novas demandas do seu público, principalmente quanto ao relacionamento entre cliente e empresa. O indivíduo quer sentir que está falando de pessoa para pessoa e não com uma máquina que sabe retrucar. 

Por isso que estamos vendo uma crescente humanização dos meios de comunicação e apresentação das marcas, principalmente aquelas que possuem mascotes, que estão apostando em visuais mais próximos aos de uma pessoa real.

Mas será que a reação do público foi positiva com essas mudanças? Será que vale a pena investir em mascotes mais humanizados na sua estratégia de marketing? Vamos falar sobre isso agora.

Por que as marcas apostam em mascotes?

Para muitos, uma mascote de uma marca pode parecer algo muito infantil e que não valeria o investimento. E realmente, se a empresa quer passar uma impressão séria com esse tipo de estratégia de marketing, o design do mascote deve ser muito bem pensado  para que não cause a reação contrária.

Nós da Arconel, criamos o mascote Fibonaccio para uma empresa de contabilidade da região. Por ser uma empresa que atua num segmento de mercado considerado mais sério, era preciso que este personagem, ao mesmo tempo que fosse carismático e agradável, transmitisse o comprometimento da marca em entregar um serviço de qualidade. O resultado final trouxe um visual que se encaixa no mundo corporativo e que consegue conquistar a simpatia do público.

Ficou claro que, dependendo da forma como são trabalhados, os mascotes podem causar um impacto positivo ou negativo no posicionamento da empresa. Mas ainda fica a dúvida? Será que vale a pena apostar as fichas nessa estratégia?

Para responder a essa pergunta, trazemos os resultados da pesquisa feita pela empresa de marketing global System1, que levou em consideração dados obtidos nos anos de 2017 e 2018, aponta que as empresas que utilizavam mascotes em suas campanhas durante esse período de tempo conseguiram um espaço 37% maior em relação às concorrentes do mesmo segmento.

Não só isso, o levantamento também mostrou que o uso de mascotes nas campanhas de marketing podem aumentar os ganhos da empresa em até 27%, além de terem 50% mais chances de impactar fortemente os consumidores.

Os resultados apresentados parecem bem atrativos, não é mesmo? Não é a toa que grandes marcas nacionais apostam nos mesmos para manterem seus clientes engajados.

Marcas nacionais e seus mascotes

Quem cresceu assistindo as diversas propagandas na televisão já está familiarizado com a maior parte dos mascotes de empresas nacionais, ou pelo menos com os mais famosos.

Como não se lembrar do Dollynho do Guaraná Dolly, o Assolino da Assolan, o Baianinho das Casas Bahia, o Franguinho da Sadia, etc. Até mesmo os clubes de futebol criaram seus mascotes representantes, como por exemplo o Leão Baio do Internacional de Lages.

Esses personagens são lembrados pela maioria dos brasileiros por seu humor e o ar mais descontraído que as suas propagandas continham. A fama de alguns inclusive garantiu que os mesmos continuassem ativos na mídia, talvez não com o intuito de fazer propaganda de suas marcas criadoras, mas para virarem memes.

Talvez, a popularização das mídias digitais e da criação de conteúdo tenha se tornado uma barreira para o uso de mascotes por grande parte das empresas. Pois, como as pessoas estão cada vez mais conectadas umas às outras, o interesse das mesmas por personagens 2D com uma interação limitada a propaganda de seus produtos diminuiu.

Agora, os consumidores buscam por conteúdos e produtos apresentados por “pessoas” assim como elas, que, ao invés de terem características e formatos surreais, pareçam mais humanas.

E foi por isso que as marcas das quais falaremos a seguir, trataram de renovar o visual de seus mascotes, com o intuito de torná-los mais coerentes com as atuais demandas do público.

“Dando um tapa” no visual

O primeiro caso é o da rede de lojas Magazine Luiza que, apesar de não ser tão reconhecida pelo uso de mascotes anteriormente, já tratou de apresentar as plataformas digitais a Lu, avatar digital que, além de promover a marca e seus produtos, interage ativamente com o público através de redes sociais como o Twitter. 

A crescente humanização dos mascotes das empresas

Ao assumir a posição de “influenciadora digital” assim como muitas pessoas de carne e osso são, a Lu conseguiu elevar o impacto da sua marca criadora na mente dos consumidores, pois agora, eles não são mais apenas uma empresa inserida num contexto capitalista que se utiliza de um mascote para vender mais produtos e sim, um indivíduo – ainda que digital – que se relaciona e cria um vínculo real com as pessoas que acompanham suas falas, suas ações e até brincam com a mesma, como fariam com um amigo próximo.

A crescente humanização dos mascotes das empresas

Obviamente essa reação positiva que as pessoas tiveram com a Lu fez com que outras marcas – concorrentes diretas ou não da Magazine Luiza – que utilizam mascotes em suas campanhas publicitárias percebessem que precisam atuaizar tanto o visual quanto o comportamento de seus “representantes” se quiserem manter esssas estratégias relevantes.

Acredito que foi por isso que as Casas Bahia – que também renovaram toda a sua Identidade Visual – apresentaram ao mercado recentemente o CB, antigo Baianinho, que agora é um menino adolescente que interage com o público nas redes, produz vídeos para os canais da empresa e se autodenomina um influenciador digital.

A crescente humanização dos mascotes das empresas

Em um primeiro momento, a reação das pessoas a nova proposta de mascote mais humanizado e interativo da empresa de varejo não foi tão boa assim. MUitos criticaram fortemente o novo visual mais parecido com o de uma pessoa real, alegando que os responsáveis pelo design descaracterizaram totalmente a figura tão conhecida e amada pelos brasileiros.

A crescente humanização dos mascotes das empresas

E como já estavam insatisfeitos pelo personagem da sua infância ter sido “destruído”, acabaram não aceitando tão bem o modo como ele se comporta e interaje no mundo virtual, dizendo que está copiando os inúmeros influenciadores que já existem – inclusive a própria Lu.

Engraçado como cada uma das situações teve um desfecho diferente. Agora, resta esperar o tempo passar e ver se as pessoas deixarão a resistência de lado para abraçar o CB da mesma forma que fizeram com a Lu, já que a tendência é que novos mascotes humanizados começem a surgir e façam parte do “novo normal” que estamos experienciando.

E você, o que acha de mascotes humanizados e as marcas por trás deles?

Autor: Eduardo Ribeiro

Fundador Arconel Marketing Design | Consultor de Marketing do Sebrae Santa Catarina | Especialista em Inbound Marketing

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